SISTEMA
DE FICHEIROS LINUX
Ao instalar e/ou formatar partições em um computador com
Linux, você sempre ver uma lista de opções com sistema de arquivos disponíveis.
Por padrão, no caso de instalação nova de sistema, um padrão em cada distro é
mostrado. Mas, e quando você não tem certeza de qual sistema de arquivos Linux
usar? Sendo assim, dentre diversos sistemas de arquivos Linux existentes, qual
eu devo usar?
Sistemas de arquivos Linux
Um sistema de arquivos é um conjunto de
estruturas lógicas e de rotinas, que permitem ao sistema operacional controlar
o acesso ao disco rígido. Diferentes sistemas operacionais usam diferentes
sistemas de arquivos. Conforme cresce a capacidade dos discos e aumenta o
volume de arquivos e acessos, esta tarefa torna-se mais e mais complicada,
exigindo o uso de sistemas de arquivos cada vez mais complexos e robustos –
via Hardware.com.br.
O Linux é conhecido por ter uma gama de sistemas de
arquivos suportados, inclusive que são suportados em outros sistemas
operacionais. Existem muitos… desde dos mais simples, os experimentais e os que
podem ser o futuro da próxima geração de sistemas de arquivos para Linux.
Sistema de arquivos “padrão” é o EXT4
Muitas distribuições Linux oferecem um sistema de arquivos ‘padrão’
no momento da instalação, a menos que você decida o contrário. Em partes, é
muito bom isso, pois auxilia recém-chegados ou pessoas não preocupadas nisso a
tomar uma decisão e a se sentirem confortáveis com ela. Por outro lado, para
aqueles que precisam e procuram melhor desempenho do sistema; ou que possuem um
recurso computacional que trabalha com grande volume de dados, com diversas
leituras e escritas em disco, conhecer e escolher o sistema de arquivos que
melhor atenda as suas necessidades é importante! 😉
Dependendo da escolha e o uso do sistema, você pode
encontrar lentidões no futuro e problemas que podem
ser evitados. Assim, dentre diversos sistemas de arquivos Linux
existentes, existe um que se encaixa melhor com seu perfil de uso;
e proporciona melhor condições de trabalho.
Existem diversos sistemas de arquivos diferentes, que vão
desde sistemas simples como o FAT16, até sistemas como o EXT4, BtrFS e ZFS, que
incorporam recursos muito mais avançados. Para quem usa o Linux apenas para uso
geral, estes sistemas podem parecer estranho, mas são velhos conhecidos de quem
trabalha com servidores e/ou grande volumes de dados 😉
Qual sistema de arquivos Linux eu devo usar?
Por padrão, caso não se sinta seguro ou não tenha “necessidades
especiais” para manter um sistema com características robustas para grandes
volumes de dados e com baixo risco de falhas, atualmente, use o sistema
de arquivos Ext4. O Ext4 é o sistema de arquivos adotado por padrão
na maioria das distribuições do Linux. Ele é uma versão melhorada dos
antigos sistemas de arquivos Ext3/2. Não é o mais avançado sistema de arquivos
existente, mas ele é sólido e estável!
No futuro, podem haver reviravoltas, bem como: o uso do
sistema de arquivos BtrFS como padrão na maioria das distribuições Linux. Mas,
por enquanto, o Ext4 é opção indicada para quem estiver nessa situação 😉 Mas, caso esteja mais curioso e com
vontade de “testar” outro sistema de arquivos, de antemão, recomendo um,
dentre os mostrados abaixo, que suporta o recurso journaling (presente
no Ext4). Esse recurso é super importante, porque mantém o controle das
modificações feitas no sistema de arquivos em um arquivo de log
(journal) antes de escrevê-las no disco.
Basicamente, no momento da inicialização do sistema
operacional, se o sistema de arquivos não estava totalmente inoperante (sem
nenhum dado sendo escrito) quando houve o desligamento inesperado do computador
(devido a uma reinicialização forçada, por exemplo), é acionado este
registro completo (journal) das alterações feitas no sistema de
arquivos antes do desligamento. Embora as mudanças de dados feitas no disco, no
momento do acidente, possam ser perdidas, o processo de journaling garante que
a estrutura do sistema de arquivos permaneça consistente; evitando
corromper o sistema de arquivos do sistema 😉
- Ext4
(Ext3 e Ext2)
- BtrFS
- ZFS
- XFS
- JFS
- F2FS
- FAT16,
FAT32, exFAT
Sucessor do Ext2 e Ext3, o Ext4 é uma versão melhorada e
robusta. Ext significa “EXTended file system“, e foi o
primeiro criado especificamente para Linux. Tem quatro revisões principais.
“Ext” é a primeira versão do sistema de arquivos, introduzida em 1992. Foi uma
grande atualização do sistema de arquivos Minix usado na
época, mas não tem recursos importantes. Muitas distribuições Linux não
suportam mais ele.
Já o Ext2 foi o primeiro sistema de arquivos
a suportar atributos de arquivo estendidos e 2 unidades de terabyte. Também não
possui suporte ao journaling – recurso importante que mantém o
controle das modificações feitas no sistema de arquivos em um arquivo de log
(journal) antes de escrevê-las no disco. Por isso recomendo evitar o Ext2 a
menos que você saiba que precisa dele algum motivo.
Em seguida, o Ext3 foi o sistema de arquivos
mais usado, por padrão, nos últimos anos nas distribuições Linux. Basicamente,
ele é um Ext2 com suporte journaling. E, por volta de 2010, o Ext4
tornou-se o substituto “padrão” na maioria das distribuições Linux, no momento
da instalação. Também foi projetado para ser compatível com as versões
anteriores (Ext 2/3).
Ele inclui recursos mais recentes que reduzem a
fragmentação de arquivos (desfragmentação online), permite maiores volumes de
arquivos (16 TiB para um sistema com blocos de 4k), usa Delayed allocation (“alocação com
atraso”) para
melhorar a vida útil da memória flash e outros. Esta é a versão mais moderna do
sistema de arquivos Ext e é o padrão na maioria das distribuições Linux.
Devo usar?!
O Ext4 é indicado para aqueles que procuram
um sistema de arquivos super estável ou para aqueles que procuram algo que,
realmente, funciona sem problemas 😉 Assim, se suas necessidades não são muito além do comum, você deve usar
o Ext4!
Conclusão
Existem muitos sistemas de arquivos disponíveis no Linux (por
volta de 36 suportados diretamente pelo kernel Linux) ou que “morreram” com o
tempo, como o ReiserFS.
Cada um serve para uma finalidade específica de cada usuário
que procura resolver diferentes problemas. Este artigo focou somente nas opções
mais populares para a plataforma Linux. Pois, estas são as opções que você verá
com mais frequência ao usar o Linux.
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