sábado, 29 de novembro de 2025

UFCD 10874 - Como funciona o auto scaling?

 


Como funciona o auto scaling?


Conceito demanda configuração adequada e o uso integrado com ferramentas de balanceamento de carga.

 

Gerenciar uma infraestrutura de TI que seja simultaneamente escalável, eficiente e econômica é um dos grandes desafios de empresas que operam na nuvem. Nesse cenário, o auto scaling, ou auto escalonamento, surge como solução estratégica indispensável. Essa tecnologia permite que os recursos computacionais sejam ajustados automaticamente conforme a demanda, garantindo alto desempenho com uso otimizado da infraestrutura.

O funcionamento é simples: quando o volume de tráfego em uma aplicação ou serviço aumenta, novos servidores são ativados para absorver a demanda; quando a necessidade de recursos diminui, os servidores excedentes são desativados. Essa automação elimina a necessidade de ajustes manuais e evita tanto a ociosidade quanto a sobrecarga de sistemas, contribuindo para uma operação mais estável e econômica. No entanto, para que o auto scaling seja realmente eficaz, é preciso uma configuração adequada e o uso integrado com ferramentas de balanceamento de carga.

Escalonamento horizontal e vertical: estratégias complementares

  • Escalonamento horizontal, que adiciona ou remove instâncias de servidores conforme a demanda, distribuindo a carga de trabalho entre múltiplas máquinas.
  • Escalonamento vertical, que ajusta os recursos (CPU, memória, etc.) de um único servidor, útil quando a aplicação não suporta divisão de carga entre várias instâncias — como em bancos de dados monolíticos.

Muitos sistemas combinam as duas abordagens, ajustando a infraestrutura com flexibilidade para atender diferentes cargas de trabalho.

Como Auto Scaling e Load Balancing funcionam juntos?

Os dois funcionam em camadas diferentes, mas complementares.

  • auto scaling ajusta o número de servidores ativos conforme a demanda aumenta ou diminui. É ideal para sistemas onde a carga do servidor varia bastante ao longo do dia, como lojas virtuais ou plataformas de streaming.
  • load balancing distribui as solicitações entre esses servidores, garantindo que nenhum fique sobrecarregado enquanto outros estão ociosos. É essencial para qualquer ambiente com múltiplos servidores, garantindo que o tráfego seja distribuído de forma eficiente.

Sem um balanceador de carga, o escalonamento automático pode acabar gerando servidores adicionais que não são utilizados de forma eficiente. Da mesma forma, sem auto scaling, o balanceador pode distribuir solicitações entre poucos servidores, o que limita a capacidade de resposta em momentos de pico.

Configuração: o segredo da eficiência

Para implementar o auto scaling de maneira eficaz, é preciso configurar parâmetros estratégicos. Isso inclui a criação de grupos de escalonamento com limites mínimo e máximo de servidores, definição de políticas baseadas em métricas, como uso de CPU, tráfego de rede e latência, além de monitoramento para ajustes contínuos.

Outro ponto-chave é a integração com um balanceador de carga eficiente, que pode operar através de diversas estratégias, como round-robin (distribuindo as requisições de forma cíclica), balanceamento baseado em latência (direcionando para o servidor que responde mais rapidamente) ou roteamento por localização geográfica (enviando o usuário para o servidor fisicamente mais próximo). Essa combinação garante que os servidores disponíveis sejam explorados de forma otimizada, sem desperdícios.

Benefícios reais para a operação

Quando o auto scaling é configurado e implementado com o devido cuidado e expertise, os benefícios para a operação de TI e para a estratégia de negócios são imediatos e impactantes.

  • Redução de custos: os recursos são ativados apenas quando necessários, evitando gastos com infraestrutura ociosa.
  • Melhora no desempenho: a infraestrutura é capaz de responder automaticamente a picos inesperados de demanda, mantendo a performance de aplicações e serviços em níveis ideais.
  • Alta disponibilidade: a capacidade de ativar instâncias adicionais conforme a necessidade reduz drasticamente o risco de downtime, protegendo a reputação da empresa e a continuidade dos negócios, mesmo em cenários de alta carga.
  • Automação inteligente: elimina tarefas operacionais manuais, liberando a equipe técnica para funções mais estratégicas.

Boas práticas e atenção aos desafios

Apesar das vantagens, a implementação do auto scaling exige atenção e domínio de boas práticas para evitar armadilhas comuns. Erros de configuração, como a definição de limites inadequados, uma sensibilidade excessiva nas políticas de escalonamento ou balanceadores de carga mal ajustados podem gerar custos desnecessários ou instabilidade no sistema.

Por isso, recomenda-se enfaticamente a definição de métricas claras e acionáveis para o escalonamento. É imprescindível testar exaustivamente as regras de auto scaling em ambientes controlados antes de sua implementação em produção. Além disso, a revisão periódica do desempenho do sistema e o ajuste das configurações são essenciais para manter a otimização contínua.

O auto scaling transcende a função de mera ferramenta tecnológica para se transformar em aliado estratégico e poderoso na gestão da nuvem. Ele oferece a empresas que enfrentam demandas variáveis e crescentes a capacidade de operar com máxima eficiência, escalabilidade e notável economia de recursos.

 

UFCD 10874 - Load Balancer

 



Um load balancer, ou balanceador de carga, é um dispositivo (físico, virtual ou baseado em software) que distribui o tráfego de rede e as cargas de trabalho entre vários servidores. O seu objetivo principal é garantir que nenhuma máquina sobrecarregue, melhorando a performance, a confiabilidade e a disponibilidade de uma aplicação ou serviço. Quando um utilizador envia um pedido, o balanceador de carga decide para qual servidor encaminhá-lo, baseando-se em diferentes algoritmos, como o estático (baseado num plano predefinido) ou o dinâmico (que considera a carga atual dos servidores). 

Funções e benefícios

  • Distribuição de tráfego: Reparte as solicitações de rede entre um grupo de servidores, otimizando o uso de recursos.
  • Alta disponibilidade: Garante que a aplicação continue a funcionar mesmo se um servidor falhar, através de mecanismos de failover automático.
  • Melhora de performance: Reduz o tempo de resposta para os utilizadores, pois as requisições são processadas por servidores menos sobrecarregados.
  • Escalabilidade: Permite que a aplicação lide com picos de tráfego adicionando mais servidores ao grupo de back-end, sem comprometer a experiência do utilizador.
  • Manutenção e atualizações: Permite que os servidores sejam atualizados ou que a manutenção seja feita sem interrupção do serviço. 

Tipos de balanceadores de carga

  • Hardware: Dispositivos físicos dedicados.
  • Software: Executados em servidores, máquinas virtuais ou na nuvem.
  • Baseado na aplicação: Lida com tráfego a nível de aplicação (como HTTP).
  • Baseado em DNS: Utiliza o sistema de nomes de domínio (DNS) para distribuir o tráfego.
  • Global: Distribui o tráfego entre servidores localizados em diferentes regiões geográficas, direcionando os utilizadores para o ponto mais próximo. 

 


sexta-feira, 28 de novembro de 2025

UFCD 0771 - Configuração de roteamento estático em roteadores Cisco

 




Configuração de roteamento estático em roteadores Cisco

Configuração de roteamento estático em roteadores Cisco

Roteamento estático tem como objetivo básico encaminhar pacotes entre redes distintas. A diferença entre o roteamento estático e o dinâmico é que as rotas estáticas são inseridas manualmente na tabela de roteamento pelos administradores de rede. Já o roteamento dinâmico utiliza protocolos de roteamentos que ajustam automaticamente as rotas. Este conceito ficará mais claro para nós no decorrer do artigo.


Utilizaremos o Packet Tracer como ferramenta para simular o ambiente.

  • Topologia proposta:

Temos como objetivo primário obter conectividade entre o PC_1 e o PC_2 através de roteamento estático.

Tech_Tip_Roteamento esttico_Maurcio-01
 

  • Configuração dos ativos da rede 192.168.1.0/24.

Router_1:

enable
conf t
hostname router_1
int s0/1/0
no shutdown
ip address 192.168.3.1 255.255.255.0
int f0/0
no shutdown
ip address 192.168.1.2 255.255.255.0
***************


Switch_1     


enable
conf t
int vlan 1
no shutdown
***************


PC_1


IP Address: 192.168.1.3

Subnet Mask: 255.255.255.0
Default Gateway: 192.168.2.2

 

  • Configuração dos ativos da rede 192.168.2.0/24.

Router_2

enable
conf t
hostname router_2
int s0/1/0
no shutdown
ip address 192.168.3.2 255.255.255.0
int f0/0
no shutdown
ip address 192.168.2.2 255.255.255.0
***************

Switch_2

enable
conf t
int vlan 1
no shutdown
***************

PC_2


IP Address: 192.168.2.3

Subnet Mask: 255.255.255.0
Default Gateway: 192.168.2.2

 

 Agora nós temos 3 redes distintas sendo elas:

192.168.1.0/24

192.168.2.0/24

192.168.3.0/24 (Rede que faz a conexão entre os dois roteadores).

Neste momento nenhuma rede se comunica entre si, pois não existe um roteamento configurado sendo ele estático ou dinâmico.

Um teste que pode ser feito é tentar realizar um ping entre o PC_1 e o PC_2. Como o pacote não está sendo roteado, não será possível a conectividade entre as máquinas.

O que nós iremos fazer agora é incluir manualmente nos roteadores as redes que eles desconhecem.

 

Router_1:

Analisando a topologia nós percebemos que dentre as 3 redes propostas o Router_1 não conhece apenas a rede 192.168.2.0/24.

Vamos aplicar os seguintes comandos no Router_1:

Enable
Conf t
Ip route 192.168.2.0 255.255.255.0 s0/1/0

(Estamos dizendo ao Router_1 que ele poderá chegar até a rede 192.168.2.0 através da interface s0/1/0).

Após aplicar estes comandos perceba que já é possível “pingar” o PC_2 a partir do Router_1.

Conceitualmente iremos fazer o mesmo no router_2. Iremos “ensinar” através de qual caminho ele pode chegar até a rede 192.168.1.0/24.

Enable
Conf t
Ip route 192.168.1.0 255.255.255.0 s0/1/0

(Estamos dizendo ao Router_1 que ele poderá chegar até a rede 192.168.1.0 através da interface s0/1/0).

Com isso conseguimos conectividade entre o PC_1 e o PC_2 através de um roteamento estático.


Este artigo teve como objetivo demonstrar como configurar um roteamento estático em um ambiente de três redes distintas. O conceito aplicado se pratica em qualquer rede. Porém o ponto forte do roteamento estático se dá pela quantidade de processamento, demandada do roteador, sendo ela muito mais baixa. Em contrapartida a sua administração é muito mais complexa, tendo em vista de que qualquer alteração lógica ou física na rede, o administrador deve fazer tudo manualmente. O roteamento dinâmico utiliza mais processamento dos roteadores, porém a sua administração se torna, de certa forma, simplificada tendo em vista de que a convergência da rede se dá de forma automatizada.


quinta-feira, 13 de novembro de 2025

SAP MM - Estratégia de Liberação (módulo MM)

 



Estratégia de Liberação (módulo MM)

Estratégia de Liberação (módulo MM)

Introdução

Como já vimos em outros informativos, utilizamos os processos do módulo MM para adquirir materiais (consumo, insumo, ativo/imobilizado, revenda, etc) ou contratar algum serviço (consultoria, manutenção, instalação, etc).

No SAP, é possível configurar a aprovação/liberação para os documentos de compras (requisição, pedido ou contrato). Dessa forma, após a criação do documento, o sistema analisa os dados informados e atribui uma Estratégia de Liberação mais adequada, indicando que o documento deverá ser aprovado antes de ser encaminhado ao próximo processo.

Podemos dizer que a Estratégia de Liberação é muito importante para controlar o processo e evitar quaisquer erros ou compras não autorizadas.

Conceito

Trata-se da aprovação eletrônica de documentos, podendo ser ativada para requisições, pedidos e contratos de compra. O processo de aprovação é configurado conforme a realidade de cada empresa, que define quem serão os usuários aprovadores, a sequência e as alçadas de aprovação (valores).
Por exemplo: Sempre que for criado um pedido de compras, o superior imediato aprova, no entanto, dependendo do valor do pedido, pode ser exigido que o fluxo chegue à Gerência e/ou Diretoria para aprovação.

O estado de aprovação do documento e a estratégia atribuída podem ser visualizados na aba/ficha “Estratégia de Liberação”, geralmente localizada no cabeçalho.

Códigos de Liberação

A Estratégia de Liberação contempla códigos que são designados aos usuários aprovadores. O código de liberação é representado por um ID de dois caracteres e permite que um usuário tenha autorização para liberar/aprovar uma requisição, pedido ou contrato de compras.

O código de liberação é controlado por meio de um sistema de autorizações de acesso (objeto de autorização), relacionado ao login do usuário. 

Após cada aprovação, o sistema registra alguns dados para consultas futuras, tais como: código de liberação, usuário, data e hora.

Estratégia de Liberação

Finalidade

Permitir que requisições, pedidos e contratos de compras passem por aprovação antes de serem disponibilizadas para o comprador iniciar o processo de aquisição.

Bloqueio

Nenhum lançamento posterior (ex.: criação do pedido com referência) é aceito antes que o documento anterior esteja liberado.

Segurança

O sistema de autorizações de acesso, geralmente administrado pelo pessoal de Basis (TI/Consultoria), será o responsável por validar se o usuário tem autorização para liberar o documento pendente.

Regras

A customização realizada pelo consultor de MM define quais serão os valores analisados no documento para direcioná-lo à uma determinada estratégia.

Liberação

O documento poderá ser direcionado para:

– Nenhuma liberação, isto é, já entra no sistema “aprovado”;

– Liberação por um único nível (“code” de liberação);

– Liberação por diversos níveis (até 8 “codes” de liberação).

Estratégia de Liberação – Transações

Transações

ME54N – Liberar uma Requisição de Compra por vez (documento específico)

ME55 - Liberar várias Requisições de Compra (apresenta tudo que está para ser liberado)

ME28 – Liberar vários Pedidos de Compra (apresenta tudo que está para ser liberado)

ME29N – Liberar um Pedido de Compra por vez (documento específico)

ME35K – Liberar Contratos de Compra

Estratégia de Liberação – Exemplos de Tela